Um terço dos contribuintes ainda não entregou a declaração do Imposto de Renda, a uma semana do prazo final.

Até as 18h desta sexta-feira (23), a Receita Federal havia recebido 30,3 milhões de declarações, correspondente a 65,65% do total esperado.

Restituição e pagamento dividem contribuintes

Entre as declarações recebidas, 62,6% terão direito à restituição de imposto, enquanto 20,2% deverão recolher valores adicionais. Outros 17,2% não terão imposto a pagar ou a receber. A maior parte dos documentos foi preenchida via programa de computador (83,6%). O preenchimento online, que armazena rascunho na nuvem da Receita, foi utilizado por 10,9% dos declarantes. Aplicativos para smartphones e tablets foram a escolha de 5,5%.

Adesão crescente ao pré-preenchimento e desconto simplificado

Quase metade dos contribuintes (48,4%) adotou a declaração pré-preenchida, que oferece versão preliminar do documento para confirmação ou retificação. A opção pelo desconto simplificado prevaleceu em 56,4% dos envios. Desde 1º de abril, essa versão passou a incorporar todos os dados disponíveis, apesar de atrasos causados pela greve dos auditores fiscais da Receita.

Prazos, volumes e critérios de obrigatoriedade

O prazo para entrega do IRPF iniciou em 17 de março e encerra-se às 23h59min59s de 30 de maio. O programa gerador está disponível desde 13 de março no portal Meu Imposto de Renda. A Receita Federal projeta receber 46,2 milhões de declarações em 2025, aumento de quase 7% em relação às 43,2 milhões de 2024. São obrigados a declarar os contribuintes com rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 anuais ou receita bruta rural superior a R$ 169.440. Pessoas com renda mensal de até dois salários mínimos estão dispensadas, salvo em outras condições de obrigatoriedade.