STF suspende leis municipais e paralisa operação das bets

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STF suspende leis municipais e paralisa operação das bets

P. Fonseca
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Ministro Nunes Marques no STF© FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF

Em decisão de impacto nacional, ministro do Supremo suspende leis de ao menos 13 cidades que permitiam casas de aposta. Negócios terão que fechar as portas ou pagar multas diárias de R$ 500 mil.

A mão do Supremo foi rápida e pesada sobre a mesa. Na quarta-feira (3), o ministro Nunes Marques travou o funcionamento das casas de apostas esportivas — as famosas bets — que vinham se multiplicando em esquinas pelo Brasil, amparadas por leis municipais. A ordem é clara: fechar imediatamente. E quem desobedecer, paga uma multa salgada de R$ 500 mil por dia.

De São Paulo a Miguel Pereira: a lista das cidades afetadas

A liminar, um verdadeiro raio, atinge inicialmente 13 municípios. A lista vai da metrópole paulista ao interior fluminense: São Vicente, Guarulhos, Campinas, a capital São Paulo, Belo Horizonte, Anápolis, Caldas Novas, Foz do Iguaçu, Pelotas, Bodó, Porto Alegre, a Estância de Poá e Miguel Pereira. A ação partiu do Solidariedade e expôs um boom regulado no nível errado — pelo menos na visão do ministro.

A argumentação de Nunes Marques é técnica e poderosa. Para o STF, as bets são sujeito federal. Isso significa que a licença para funcionar sai da mesa da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda, e não das Câmaras de Vereadores. “Casas de apostas que não atendem aos critérios […] federais não podem operar serviços lotéricos no âmbito dos entes municipais”, decretou o magistrado.

O próximo capítulo: a palavra final será do plenário

Só que a partida ainda não acabou. Esta é uma vitória por wo técnico, mas a luta pelo título continua. O próprio Nunes Marques já pediu ao presidente do STF, Edson Fachin, que agende o julgamento do mérito no plenário. É lá que os outros dez ministros darão a palavra final.

Enquanto isso, o cenário fica nebuloso para um setor que apostava todas as fichas na pulverização das regras. Para as prefeituras, a decisão corta uma fonte de receita e controle local. Para os empresários, é o sinal vermelho que pode significar prejuízos milionários. E para o cidadão? Resta assistir a mais um capítulo da eterna briga entre o poder local e o poder central no Brasil — uma disputa onde, desta vez, as fichas são reais.

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