Recorde de turistas e R$ 2 bi movimentam novembro negro em Salvador

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Recorde de turistas e R$ 2 bi movimentam novembro negro em Salvador

Lúcia L.F
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grupo de musicosFoto: Diana Carvalho / Divulgação

Salvador não apenas celebrou a Consciência Negra em novembro, mas quebrou recordes. A cidade recebeu quase um milhão de visitantes, que injetaram R$ 2 bilhões na economia, consolidando o mês como o mais potente do calendário turístico local.

O mês de novembro em Salvador tem um gosto, uma cor e, agora, um número definitivo. A cidade, que já respira a força da cultura negra o ano inteiro, transformou-se em um ímã global durante as celebrações do Novembro Salvador Capital Afro. Os dados preliminares do Observatório do Turismo são contundentes: 918,5 mil visitantes passaram pela capital, movimentando uma receita turística que ultrapassou a barreira dos R$ 2 bilhões — um crescimento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

E não foi um feito isolado. O acumulado do ano até novembro conta a mesma história de uma cidade em alta: ocupação hoteleira 4% maior, fluxo de turistas crescendo 4,2% e uma receita que já acumula a marca expressiva de R$ 19,7 bilhões em 2025. Os números, frios na planilha, são quentes na prática. Representam restaurantes lotados, artesãos vendendo, hotéis em movimento e motoristas de aplicativo com a agenda cheia.

— Os números confirmam o sucesso absoluto do Novembro Salvador Capital Afro — analisa a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos. — Salvador hoje recebe turistas o ano inteiro. A cultura, a música, os eventos e nossa identidade estão movimentando a economia.

Mas será que o turista veio só para a praia? A resposta está na explosão de visitação aos equipamentos culturais da Secult. Enquanto a Casa do Carnaval e a Cidade da Música tiveram crescimentos sólidos de 7% e 8%, respectivamente, um dado chama a atenção: o Memorial Dois de Julho teve um aumento explosivo de 55% no número de visitantes em novembro. É o terceiro mês seguido de alta forte, sinal de que o interesse pela história baiana está em ebulição.

O Espaço Carybé de Artes também refletiu o fenômeno, com um público 24% maior. Fica claro que o visitante quer mais do que o litoral; ele busca um banho de cultura, história e identidade.

A pergunta que fica é sobre o legado. A estratégia de posicionar Salvador como a capital mundial do afroturismo mostrou sua força econômica inquestionável. A cidade provou que sua cultura é seu principal produto de exportação — e que novembro se consolidou como um mês de poderio incomparável no calendário nacional.

A vitória, no entanto, vai além dos bilhões. Está na afirmação de um modelo de turismo que valoriza a própria essência. Um turismo com o sotaque, a ginga e a resistência que só Salvador sabe oferecer.

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