Ele era o cérebro. O homem que, de dentro de um motel no Costa Azul, planejava e ordenava uma série de roubos a farmácias de Salvador, com um alvo específico: as valiosas canetas emagrecedoras. A prisão aconteceu na madrugada de sábado (29).
A operação que prendeu um dos principais articuladores de roubos a farmácias em Salvador tinha um cenário que parecia tirado de um roteiro de filme policial: um motel no bairro do Costa Azul. Foi de lá, longe dos holofotes, que o criminoso — com dois mandados de prisão nas costas — coordenava cada movimento.
A ação foi executada na madrugada deste sábado (29) pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), que fechou o cerco após trabalho de inteligência. O alvo não era um soldado qualquer, mas o estrategista que definia alvos, rotas de fuga em motos e, claro, a mercadoria predileta: as cobiçadas canetas emagrecedoras.
O sujeito, cuja ficha criminal é longa, tinha a frieza de um gerente do crime. Enquanto a cidade dormia, ele, escondido, ditava as regras dos assaltos. A prisão não foi por acaso — era uma dívida antiga com a Justiça, com dois mandados por crimes contra o patrimônio sendo finalmente cumpridos.
Mas a história desse homem não começa aqui. Suas passagens pela polícia incluem estelionato, porte ilegal de arma, tráfico e roubo. Um currículo que pinta o retrato de uma ameaça recorrente à segurança dos soteropolitanos.
— E a pergunta que fica é: quantos outros “cérebros” operam assim, nas sombras, transformando farmácias em alvo? — questiona um agente que acompanhou a operação.
Agora, com ele atrás das grades, o Deic garante que a inteligência continua. A mensagem é clara: a operação não acabou. A caça pelos demais envolvidos nessa rede criminosa — que achava que a impunidade era um motel com estacionamento grátis — acaba de ganhar um novo capítulo.
