Política
Lula parte para a 51ª Cúpula do G7 com foco em segurança energética

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja ao Canadá para participar da 51ª Cúpula do G7, marcada para o dia 17. O encontro reúne as sete maiores potências industriais e contempla uma sessão ampliada com países convidados, entre eles o Brasil. O projeto, diga-se, é uma aposta ousada na articulação global.
Segurança energética em debate técnico
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a segurança energética será um dos pontos centrais da agenda. Mauricio Lyrio, embaixador e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, detalhou que o foco estará em tecnologia e inovação, diversificação e viabilização de cadeias produtivas de minerais críticos, além de infraestrutura e investimentos. “Nunca imaginei que veria a oportunidade de alinhar essas pautas no nível do G7”, comentou o diplomata.
Preparação para a COP30 em Belém
A participação brasileira serve para avançar temas previstos na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorrerá em novembro, em Belém. Lyrio afirmou que Lula terá espaço para convidar outros países para o evento e destacar a relevância do encontro. O embaixador reforçou a conexão direta entre a cúpula e as discussões ambientais previstas para a COP30.
Ampliação estratégica e encontros bilaterais
Além dos países do G7 – Estados Unidos, Itália, França, Reino Unido, Japão, Canadá e Alemanha –, a reunião contará com nações como África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México, numa estratégia de diálogo ampliado. Lula recebeu o convite do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, na última quarta-feira. Há expectativa de reunião bilateral entre os dois no dia 17. O presidente embarca para o Canadá já na segunda-feira, 16, com as mãos talvez sujas de tinta—embora a tinta dessa vez seja da diplomacia internacional.