A cidade de Lauro de Freitas decretou situação de emergência neste sábado (22). As chuvas fortes causaram estragos generalizados, e a prefeitura admite que a capacidade local de resposta está esgotada.
A chuva que caiu sobre Lauro de Freitas não foi moleza. Foi um evento climático de força bruta, classificado tecnicamente como uma tempestade convectiva de nível II — mas, para quem vive na cidade, foram alagamentos, enxurradas e o medo real de ver a própria casa ser levada pela água. A resposta da prefeitura, diante da dimensão do caos, não poderia ser outra: a prefeita Débora Regis assinou o Decreto Municipal nº 5.568/2025, decretando situação de emergência em todo o município.
A Defesa Civil mapeou um rastro de destruição. Vários bairros foram atingidos por erosões, vias públicas se tornaram intransitáveis e a rede de drenagem simplesmente não deu conta. O cenário é de casas danificadas e famílias desalojadas — o retrato de uma cidade que parou.
E aí está o ponto crucial: a prefeitura assume, de cara limpa, que a magnitude dos prejuízos quebrou a sua capacidade de resposta. Os recursos ordinários do município são insuficientes. O decreto, que vale por 180 dias, é justamente o tramite legal necessário para pedir socorro. Agora, o olhar se volta para os governos estadual e federal, na expectativa de que a ajuda humanitária e os recursos para a reconstrução cheguem — e cheguem rápido.
Enquanto isso, as equipes das secretarias municipais seguem na rua, tentando mitigar os estragos. A gestão faz um apelo direto à população: evitem áreas alagadas a qualquer custo. Em caso de perigo, o caminho é acionar a Defesa Civil pelos números (71) 3190-5949 ou WhatsApp (71) 3288-8628.
Agora, a cidade respira um ar pesado, misturado com a lama. A emergência foi decretada, mas o trabalho de colocar os pingos nos “is” e reconstruir o que a água levou — ou estragou — só está começando. A pergunta que fica no ar, tão carregada quanto o céu de novembro, é: a resposta dos entes federais terá a agilidade que a tragédia exige?
