Finep libera R$ 500 milhões para pesquisa de impacto no Brasil

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Finep libera R$ 500 milhões para pesquisa de impacto no Brasil

P. Fonseca
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Cédulas de dinheiro© José Cruz/Agência Brasil

Um edital robusto da Finep abre as portas para R$ 500 milhões em recursos não reembolsáveis para pesquisa aplicada. O objetivo é turbinar a inovação nacional e, de quebra, reduzir as desigualdades regionais.

O futuro da pesquisa aplicada no país ganha um fôlego de meio bilhão de reais. A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) abriu a chamada pública “Pesquisa Aplicada em Centros Temáticos 2025”, um edital que mira diretamente nos Centros Nacionais de Infraestrutura Científica e Tecnológica.

A missão declarada é clara: fortalecer a capacidade de pesquisa instalada e estimular a criação de produtos e processos inovadores — aqueles que geram impacto real na economia e na sociedade.

Os detalhes do financiamento

Os R$ 500 milhões saem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e não precisam ser devolvidos. As instituições — públicas ou privadas — têm até 29 de maio de 2026 para submeter suas propostas na plataforma da Finep.

Mas atenção: o edital carrega uma intenção geopolítica importante. 30% do total está reservado para projetos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Uma tentativa de oxigenar a base científica além do eixo Sul-Sudeste e, de fato, descentralizar a inovação brasileira. Desse montante, R$ 100 milhões são exclusivos para Infraestrutura Urbana e Mobilidade Sustentável.

Onde o dinheiro vai ser aplicado?

Os R$ 400 milhões restantes se dividem por cinco eixos considerados estratégicos para o país. Todos estão alinhados com o programa Nova Indústria Brasil (NIB). São eles:

  • Cadeias Agroindustriais Sustentáveis

  • Complexo da Saúde

  • Tecnologias para a Soberania e Defesa Nacionais

  • Transformação Digital

  • Bioeconomia e Transição Energética

Cada projeto pode durar até 36 meses e pedir entre R$ 3 e R$ 10 milhões. Há uma regra de contrapartida financeira para instituições estaduais e municipais. E cada ICT só pode ser a executora principal de uma proposta — mas pode coexecutar em outras.

Para Luiz Antônio Elias, presidente da Finep, o edital é uma “excelente notícia para toda a sociedade”. Em sua visão, as áreas temáticas escolhidas são de “enorme importância para o desenvolvimento sustentável e soberano do Brasil”.

A pergunta que fica, especialmente para pesquisadores baianos e nordestinos, é se as instituições da região conseguirão estruturar propostas competitivas a tempo de capturar uma fatia significativa desses 30%. O recurso está lá. O desafio, agora, é transformá-lo em ciência que mude a realidade.

O edital completo está disponível no site da Finep.

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