A polícia cortou o serviço de “delivery” de um suspeito de tráfico em Feira de Santana. Com o homem de 35 anos, foram apreendidas porções de cocaína, o carro usado nas entregas e até uma máquina de cartão — a modernidade a serviço do crime.
A 9ª Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) prendeu em flagrante, nesta quarta-feira (26), um homem de 35 anos que, segundo as investigações, atuava como um “motoboy” do tráfico. A ação, no bairro Capuchinhos, fez parte da Operação Narke 5 e expõe uma faceta sombria da criminalidade em Feira de Santana: a venda de drogas com entrega em domicílio.
Tudo começou com um fio de esperança — uma denúncia anônima. A informação era precisa: um motorista usava um carro para distribuir entorpecentes em vários pontos da cidade. Os policiais montaram cerco no local indicado e não demorou para ver a cena. De dentro do veículo, o suspeito entregou um objeto pequeno a um homem a pé.
A visão da aproximação da polícia causou pânico. O cliente, em terra, sumiu entre as casas. O motorista, tentou uma fuga de cinema — mas foi alcançado em questão de segundos. A correria não durou nada.
Na abordagem, a realidade do “negócio” ficou exposta. A polícia encontrou:
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Várias porções de cocaína — a mercadoria ilegal.
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O automóvel — a “loja sobre rodas”.
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R$ 1.586 em espécie — o lucro do dia.
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Uma máquina de cartão — o toque de “modernidade” para facilitar as vendas.
O suspeito foi levado para a delegacia, onde o flagrante foi formalizado. Ele agora aguarda a decisão de um juiz.
— Esta é a segunda prisão por “delivery” de drogas que fazemos em menos de dez dias — alerta o delegado Eudes Aquino, chefe da 9ª DTE.
O delegado faz um apelo que vai direto ao ponto. Enquanto o crime se adapta, a sociedade precisa reagir. “As denúncias anônimas feitas pelo Disque Denúncia, no telefone 181, têm sido fundamentais”, destaca Aquino. É o mesmo número, uma mesma batalha — mas contra um inimigo que agora usa carro e máquina de cartão.
