Um projeto da prefeitura com o Senac formou a primeira turma de Estoquista e Logística na cidade. A turma, que reuniu de adolescentes a aposentados, simboliza uma aposta na qualificação como saída para o futuro.
A cerimônia no Espaço Cidadania PEC 3000, em Itinga, tinha o clima típico de formatura: familiares, celulares em punho, sorrisos nervosos. Só que o diploma em Estoquista e Assistente de Logística, conquistado nesta sexta-feira (12), representava mais do que um certificado. Era a materialização de uma promessa da gestão municipal em parceria com o Senac: qualificar a mão de obra local para um mercado que exige especialização.
A prefeita Débora Regis e o secretário (e vice-prefeito) Mateus Reis estiveram lá para carimbar a conclusão do curso. A fala da prefeita foi direta: o investimento em cursos como esse deve continuar. E deixou uma isca para o próximo ano. “Em 2026, teremos novidades importantes, como o SINE Lauro, antiga Casa do Trabalhador, que ampliará o acesso ao mercado de trabalho”, anunciou. Uma forma de dizer que a formatura é um ponto de partida, não de chegada.
Mas foi na plateia que a história ganhou seu verdadeiro peso. Na mesma fila de formandos, dividindo o mesmo sonho de uma colocação profissional, estavam João Pedro de Oliveira, de 15 anos, e Carlos Cardoso, de 66.
João Pedro, que ainda cursa o 1º ano do Ensino Médio, conciliou escola e curso. “Ajudou muito a entender como funciona o mundo do trabalho”, disse o adolescente, que encarou três meses de uma rotina puxada. Do outro lado da experiência, Carlos, morador de Itinga há quatro décadas, mostrou que vontade de aprender não tem idade. “Logística é um conhecimento que precisamos para a vida em geral. Se eu tivesse hoje a idade destes jovens, mergulharia de cabeça”, confessou, destacando o valor da iniciativa para a juventude.
O discurso oficial fala em “fortalecer o desenvolvimento econômico” e “ampliar oportunidades”. Kevin Chaves, diretor da Juventude, lembrou das visitas técnicas que aproximaram os alunos da realidade das empresas. Celso Torres, do Senac, citou o Banco de Talentos da instituição como ponte para empregos.
