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Baile da Independência celebra 2 de Julho com homenagem ao sambista Walmir Lima no Campo Grande

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Baile da Independência celebra 2 de Julho com homenagem ao sambista Walmir Lima no Campo Grande
Foto: Lucas Moura/Secom PMS e Divulgação

O Baile da Independência, realizado nesta quinta-feira (3) às 18h no Campo Grande, promete unir tradição e música baiana em uma celebração cívica gratuita. O evento, parte da programação oficial do 2 de Julho, será conduzido pelo maestro Fred Dantas, à frente da orquestra homônima, e homenageará o sambista Walmir Lima, uma das figuras mais marcantes da música baiana. Promovido pela Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), o projeto, diga-se, é uma aposta ousada na preservação da cultura local.

Celebrando as raízes na Praça Num monumento aos Heróis do 2 de Julho, o baile acontece próximo às estátuas do Caboclo e da Cabocla, evocando a atmosfera dos tradicionais bailes de quermesse, presentes na história das celebrações populares da Independência na Bahia. Além de homenagear Walmir Lima, o evento conta com as participações especiais da jovem cantora Letícia Coutinho, uma revelação no cenário universitário e cultural, e de Mário Bezerra, parceiro de longa data da orquestra.

A programação começa com o “Hino ao Dois de Julho” em arranjo específico para voz e orquestra, reforçando o espírito cívico do dia. O repertório, cuidadosamente selecionado por Fred Dantas, apresenta uma viagem pelas diferentes expressões musicais baianas, incluindo axé, afro-baiano, swing americana e choro brasileiro. Temas próprios do maestro também fazem parte da seleção, junto a clássicos que animam a dança. Na homenagem a Walmir Lima, destacam-se canções como “Mudança da Ribeira”, “Santo Amaro é uma Flor” e a emblemática “Ilha de Maré”, considerada por muitos como um segundo hino do povo baiano.

Liberdade e identidade cultural estão no centro do projeto. Para Fred Dantas, o Baile da Independência representa uma ocupação cívica do espaço público em clima de paz e alegria, onde a música atua como expressão de liberdade e essência da cultura local. “A festa é muito leve, para aproveitar com tranquilidade. É uma tradição que Salvador sempre manteve, combinando orquestras clássicas e populares. O Baile é uma maneira nossa de celebrar o 2 de Julho, que no dia anterior reúne seis filarmônicas de diferentes regiões,” explica.

Walmir Lima, aos 94 anos, não esconde sua emoção ao participar da homenagem. “Nunca imaginei que veria algo assim. Sinto-me tremendamente orgulhoso, é uma honra estar aqui nesse momento que celebra a história do nosso estado,” afirmou o artista, cuja carreira ultrapassa sete décadas. Filho do maestro Carlos Lima e neto do violeiro João Lima, ambos ligados à música de Santo Amaro, Walmir desenvolveu desde cedo uma relação forte com a música popular e erudita. Sua composição mais famosa, “Ilha de Maré”, gravada por Alcione em 1977, tornou-se um clássico e é considerada por muitos o segundo hino do festival do Bonfim. Regravada por Mariene de Castro, a canção mantém seu significado de conexão entre o sagrado e o popular.

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