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Bahia tem quase 12 mil jovens em situação de orfandade, aponta Comitê Estadual

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Bahia tem quase 12 mil jovens em situação de orfandade, aponta Comitê Estadual
Foto: Ascom/SJDH

Na Bahia, quase 12 mil crianças e adolescentes vivem sem os responsáveis legais, revela levantamento oficial. O dado, colhido entre 2020 e 2024 pelo Comitê Estadual Orfandade e Direitos, chama atenção para o impacto do feminicídio, da pandemia e da violência no panorama social.

Um Olhar Urgente sobre a Orfandade

Na última quarta-feira (11), em Salvador, autoridades debateram o tema no ‘Colóquio Orfandade e Direitos no Estado da Bahia’, evento organizado pelo Ministério Público do Estado (MPE) e pelo Conselho Regional de Psicologia da 3ª Região (CRP-3). O projeto, diga-se, é uma aposta ousada diante da complexidade do tema e das múltiplas frentes envolvidas.

Iara Farias, com a voz firme, apresentou a proposta de um Grupo de Trabalho (GT) que reunirá órgãos estaduais, municipais, justiça e sociedade civil. O objetivo é reunir dados, sistematizar informações e coordenar ações integradas para formular uma Política Estadual destinada a proteger os órfãos, cujo contexto frequentemente envolve vulnerabilidades sociais severas.

Entre os compromissos do GT está o desenvolvimento de um diagnóstico detalhado que promova cuidados efetivos a crianças e adolescentes nascidos em contextos de crise e conjunturas adversas. “Nunca imaginei que veria um esforço tão articulado para garantir proteção integral a esse público”, comentou a promotora Ana Emanuela Cordeiro, que coordena o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente no MPE.

Integração Agência da Esperança

A participação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio da coordenadora Iara Farias, será fundamental para consolidar informações e oferecer respaldo técnico. Programas governamentais como ‘Bahia pela Paz’, ‘Projeto Axé’ e ‘Proteja’ prometem desempenhar papel de destaque no mapeamento da realidade e na assistência multidisciplinar, em sintonia com o aprimoramento do Sistema de Informação para a Infância e a Adolescência (SIPIA-CT).

Farias ressaltou o potencial desses recursos: “O ‘Bahia pela Paz’, por exemplo, é uma ferramenta crucial para identificar vulnerabilidades e garantir acompanhamento contínuo”. O gesto veio acompanhado de um suspiro, quase palpável no ar, revelando a urgência do desafio.

Diversidade de vozes em um tema sensível

O colóquio contou ainda com a presença de representantes do Tribunal de Justiça da Bahia, Defensoria Pública, secretarias ligadas às mulheres, assistência social e segurança pública, além de conselhos tutelares e organismos da sociedade civil organizada. A reunião fomentou debates multifacetados que buscam reverter o quadro de orfandade, um fenômeno silencioso, porém devastador para milhares de jovens baianos.

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