Anvisa barra venda de remédios das marcas Bwell e Needs

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Anvisa barra venda de remédios das marcas Bwell e Needs

P. Fonseca
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Comprimidos na mãoFoto de Ksenia Yakovleva na Unsplash

Em decisão que afeta farmácias de todo o país, a Anvisa proibiu a comercialização de todos os medicamentos das marcas Bwell e Needs. O motivo é direto: o grupo que as controla não tem autorização para fabricar remédios.

Eis que a Anvisa puxa o freio de emergência. Nesta terça-feira (23), a agência proibiu a venda e a propaganda de todos os medicamentos das marcas Bwell e Needs. A ordem é taxativa: os remédios somem das prateleiras, dos sites e do catálogo de qualquer outro vendedor.

A razão é um detalhe que deveria ser o ponto de partida: a RD Saúde, grupo controlador das marcas e das gigantes Raia e Drogasil, não tem autorização para produzir medicamentos. A informação joga luz sobre uma prática comum no varejo farmacêutico — a de marcas próprias — mas que, neste caso, esbarrou em uma irregularidade fundamental perante o órgão regulador.

A determinação, vale notar, atinge somente os remédios. Itens de higiene e beleza das duas marcas seguem normalmente no mercado. A divisão tênue entre o que pode e o que não pode estar à venda deixa o consumidor em um limbo de confiança.

Em nota ao portal Poder360, a RD Saúde rebateu. A empresa afirmou que “não é indústria” e que os medicamentos são produzidos por fabricantes licenciadas. “Os produtos das duas marcas estão devidamente registrados na agência reguladora”, disse, anunciando que vai recorrer da decisão.

A pergunta que fica para o soteropolitano que entra numa Raia ou Drogasil é: como um produto registrado pode ser subitamente considerado irregular? A contradição entre o registro e a autorização de fabricação revela uma complexa teia regulatória — e uma brecha onde a segurança do consumidor pode escorrer.

Enquanto o recurso administrativo não é julgado, a prateleira vazia serve de alerta. Mais do que uma disputa burocrática, é uma lição dura sobre a cadeia de responsabilidade que sustenta — ou deveria sustentar — cada comprimido que chega até nossas mãos.

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