Alívio no bolso: cesta básica tem 4ª queda seguida em Salvador

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Alívio no bolso: cesta básica tem 4ª queda seguida em Salvador

Lúcia L.F
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Homem escolhendo tomates no mercadoFoto: Jean Vagner/SEI

Pelo quarto mês consecutivo, o preço da cesta básica em Salvador recua. Em novembro, a queda foi de 1,42%, mas o alívio é desigual: enquanto o tomate despencou, a cebola segue em alta.

A conta do mês finalmente dá um respiro — ainda que tímido — para o soteropolitano. É o quarto mês seguido em que o preço da cesta básica dá uma trégua. Em novembro, o alívio chegou a 1,42%, levando o custo total a R$ 557,62, segundo o levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Mas quem faz as compras sabe: a história não é uniforme. Enquanto 14 produtos ficaram mais baratos, outros 10 subiram. O baque maior no orçamento veio da cebola (+13,19%) e das carnes, com a de segunda chegando a um aumento de 5,61%. Do outro lado, o herói da vez foi o tomate, com uma queda expressiva de 21,51%. O leite e seus derivados, como queijos e manteiga, também ajudaram a puxar a média para baixo.

Por que alguns preços caíram? A explicação, segundo Denilson Lima, economista da SEI, está na oferta. “Pelo segundo mês consecutivo, o elevado nível de oferta foi um dos principais fatores”, destaca. O tomate, por exemplo, se beneficiou da safra de verão e do ritmo acelerado de maturação. Já o leite e seus derivados caíram porque a produção aumentou mais do que a demanda conseguiu absorver.

Na prática, essa queda se reflete de forma diferente no prato e na mesa de café. Os ingredientes típicos do almoço baiano — feijão, arroz, carnes, farinha, tomate e cebola — tiveram uma redução média de 1,12%. Já os itens do café da manhã — café, leite, pão, queijos — caíram mais, 3,11%. Um detalhe crucial: esse grupo ainda responde por mais de um terço do valor total da cesta.

O alívio nos preços é uma boa notícia, sem dúvida. Mas será que ele se traduz em respiro real para o trabalhador? O indicador mais cru revela a realidade: para comprar essa cesta, um soteropolitano ainda precisa trabalhar 87 horas e 22 minutos. Isso significa comprometer quase 40% de um salário mínimo líquido.

Ou seja: a tendência é positiva, mas o caminho até um alívio concreto e generalizado no bolso do baiano ainda é longo. A cesta básica segue sendo um termômetro severo — e um peso considerável — no orçamento das famílias.

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