Tesouro Direto tem outubro recorde e estoque passa de R$ 200 bi

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Tesouro Direto tem outubro recorde e estoque passa de R$ 200 bi

Lúcia L.F
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notas de sédulas de 100 reais e de 50 reais.© José Cruz/Agência Brasil

O pequeno investidor baiano segue firme na rota do Tesouro Direto. Em outubro, as vendas de títulos públicos para pessoas físicas bateram o recorde para o mês, impulsionadas pela Selic ainda em patamar elevado.

O apetite do investidor comum por títulos públicos não para de crescer. E outubro confirmou a tendência: as vendas no Tesouro Direto alcançaram a marca de R$ 7,17 bilhões, o melhor resultado já registrado para meses de outubro.

O valor é quase 30% superior ao do mesmo período do ano passado. Mas a verdadeira febre do programa ainda é o recorde absoluto de março deste ano, quando as aplicações bateram a casa dos R$ 11,69 bilhões.

Os Títulos da Vez

Com a Selic ainda em nível alto, não surpreende que os títulos pós-fixados, aqueles atrelados aos juros básicos, tenham sido os queridinhos do mês. Sozinhos, responderam por 48,1% de toda a venda.

— A lógica é simples: juro alto atrai aplicação em renda fixa. É uma busca por proteção e um retorno previsível em tempos de instabilidade — analisa um economista do mercado.

Os papéis corrigidos pela inflação (IPCA) também mantiveram seu apelo, com 32,2% das vendas, enquanto os prefixados ficaram com uma fatia de 10,6%.

O Pequeno Investidor no Comando

Os números não deixam dúvida: o Tesouro Direto se tornou de fato a poupança moderna do brasileiro. A prova está no volume esmagador de aplicações de até R$ 5 mil, que representaram 80% do total de operações.

— Esse é o retrato do cidadão comum, do baiano que separa um troco no fim do mês para garantir o futuro. As aplicações de até mil reais, sozinhas, foram 56% do total — destaca um corretor de valores.

Esse movimento de base ajudou a empurrar o estoque total do programa para além da barreira simbólica dos R$ 200 bilhões pela primeira vez na história.

E Agora, Para Onde Vamos?

O programa, que já tem mais de 33 milhões de cadastrados, viu seu número de investidores ativos saltar 20% em um ano. Um crescimento robusto, que mostra a popularização do hábito de investir.

Mas a pergunta que fica é: o que acontece quando a Selic começar a cair de forma consistente? A migração para a renda variável será inevitável, ou o Tesouro Direto, com sua promessa de segurança, já conquistou de vez um espaço no coração — e no bolso — do investidor?

Enquanto isso, o governo segue captando recursos a juros que, para o contribuinte, ainda soam como um bom negócio. Uma equação complexa, mas que, por ora, parece agradar a ambos os lados.

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