O governador Jerônimo Rodrigues sentou à mesa com a Cooperfarms para ouvir os planos de um megaprojeto agroindustrial. A promessa? Investimento bilionário e milhares de vagas de trabalho para transformar a região.
O Oeste da Bahia, já potência do agronegócio, pode estar à beira de seu maior salto. Em meio à poeira do cerrado e ao ritmo acelerado de Luís Eduardo Magalhães, o governador Jerônimo Rodrigues foi apresentado a um projeto que pretende redefinir a economia regional.
O Encontro em Luís Eduardo
A reunião, nesta segunda-feira (15), foi direta. Representantes da Cooperfarms apresentaram formalmente ao governador o Projeto Agroindustrial da Cadeia Integrada de Suínos, uma iniciativa que está saindo do papel e busca o aval do Estado.
Não foi apenas uma conversa de cortesia. A pauta era concreta: política sanitária, incentivos econômicos e a construção de um ambiente regulatório que permita à iniciativa respirar. Jerônimo não escondeu o otimismo. “Essa nova agroindústria deve ajudar a região Oeste a se consolidar como produtora de proteína”, afirmou, destacando a geração de emprego e impostos.
— É sobre agregar valor. Transformar o milho que já produzimos aqui em produto final, em riqueza que fica na Bahia — completou o governador, em um tom que misturava esperança com a consciência dos desafios pela frente.
O Coração do Projeto
A Cooperfarms não faz rodeios: este é considerado o maior empreendimento agroindustrial já planejado para o Oeste. O impacto promete ser estruturante — social, econômico e fiscalmente.
O presidente da cooperativa, Marcelino Kuhnen, foi enfático. “Estamos falando de um projeto inovador, único no Brasil, que integra produção, agroindustrialização e capacitação”. A ambição é clara: fortalecer o produtor rural desde a porteira até a industrialização, criando uma cadeia totalmente integrada.
E o gesto simbólico não faltou. Kuhnen entregou pessoalmente um ofício-convite a Jerônimo para a inauguração da nova sede da Cooperfarms, marcada para fevereiro de 2026. Um convite que é, também, um lembrete: o setor está em movimento, e espera que o governo acompanhe o passo.
Os Próximos Passos — E os Desafios
Agora, a bola parte para o campo do Estado. A Cooperfarms solicitou uma audiência em Salvador para apresentar os detalhes técnicos e financeiros do projeto. O governo baiano terá que analisar as demandas e decidir seu nível de envolvimento.
A promessa de emprego e desenvolvimento é tentadora. Mas a pergunta que fica no ar, entre os corredores do poder e as lavouras do Oeste, é: a máquina pública conseguirá arregaçar as mangas na mesma velocidade do setor privado?