Placas de proteção chegam às restingas da orla de Lauro de Freitas

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Placas de proteção chegam às restingas da orla de Lauro de Freitas

P. Fonseca
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Placa re sinalização de arés de reestinga em praia de Lauro de FreitasFoto: Arquivo/SUPCOM

Em um movimento de proteção e alerta, a orla da cidade ganha nova sinalização. A ação busca blindar as frágeis áreas de restinga, ecossistema vital que sofre com lixo e pisoteio, e informar a população sobre os crimes ambientais.

Passear pelo calçadão de Vilas do Atlântico agora traz um novo elemento no visual: placas verdes instaladas pela Secretaria de Meio Ambiente. Elas não estão lá por acaso. São um marco físico — e um aviso — no início de uma ação para delimitar e proteger as áreas de restinga ao longo de toda a orla de Lauro de Freitas.

O objetivo é direto: informar, orientar e, claro, coibir. As placas listam proibições óbvias, mas constantemente ignoradas — jogar lixo, dirigir veículos pelo local — e soam o alarme sobre a importância daquele pedaço de chão aparentemente simples. É uma estratégia de educação que vem acompanhada de um recado duro sobre as consequências legais de destruí-lo.

Porque aquele tapete verde rasteiro que encontra a praia é um ecossistema de importância brutal. A restinga não é um terreno vago. Ela é a armadura natural da costa, segurando a areia contra a erosão e o avanço do mar. É um filtro gigante que recarrega nossos lençóis freáticos e um berçário de biodiversidade, abrigando espécies de fauna e flora que não vivem em nenhum outro lugar.

A lei não tem dúvidas. O artigo 50 da Lei de Crimes Ambientais é claro ao tipificar como crime a destruição ou dano a essa vegetação, seja nativa ou plantada para fixar dunas. A sinalização, portanto, tira a desculpa do desconhecimento. Coloca na frente dos olhos de todos uma linha tênue entre o descuido e a infração.

Mas será que uma placa é suficiente para mudar anos de hábito?

A iniciativa da prefeitura é, sem dúvida, um passo necessário. Urgente, até. Sinalizar é o começo de um processo mais complexo de conscientização. A verdadeira proteção começa quando a população entende que preservar a restinga não é um capricho ambiental, mas uma questão de sobrevivência urbana e identidade local. É proteger a própria orla que tanto frequentamos.

O sucesso dessa medida não se mede apenas pela quantidade de placas instaladas, mas pelo silêncio delas. Pela ausência de novas marcas de pneus na areia, pelo lixo que deixa de ser despejado. O desafio agora é fazer com que a mensagem, mais do que lida, seja assimilada e defendida por quem mais usa aquele espaço: o próprio povo.

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