Perigo no copo: Laudo técnico confirma envenenamento por álcool tóxico em Ribeira do Pombal

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Perigo no copo: Laudo técnico confirma envenenamento por álcool tóxico em Ribeira do Pombal

P. Fonseca
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copo de bebida sendo enchido.Foto de Adam Jaime na Unsplash

O desfecho de uma investigação técnica trouxe à tona um perigo invisível para os consumidores de bebidas destiladas no Nordeste baiano. Laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT-BA) ratificaram o que médicos já suspeitavam: sete moradores de Ribeira do Pombal sofreram intoxicação aguda por metanol. A substância, um solvente industrial altamente tóxico e proibido para consumo humano, foi encontrada tanto no fluxo sanguíneo das vítimas quanto nas amostras dos produtos ingeridos.

Ações de contenção e suporte médico

O Hospital Geral Santa Tereza tornou-se o centro da operação de emergência. Lá, os pacientes receberam protocolos específicos, incluindo a administração de antídotos para neutralizar os efeitos químicos do metanol no organismo. Enquanto a equipe médica atuava na estabilização dos quadros, agentes da Vigilância Sanitária Municipal e da Polícia Civil rastrearam a origem do veneno.

O desdobramento imediato foi o fechamento forçado do estabelecimento responsável pela venda das bebidas contaminadas. O local permanece interditado enquanto o inquérito policial avança para identificar se houve adulteração criminosa ou falha crítica na cadeia de fornecedores.

Cronologia da Resposta Sanitária

Agente Envolvido Medida Adotada
DPT-BA Realização de perícia técnica e análise laboratorial de sangue.
Sesab / SMS Aplicação de protocolo do Ministério da Saúde e distribuição de antídotos.
Polícia Civil Localização, apreensão de mercadoria e interdição do comércio.
Vigilância Sanitária Fiscalização de lotes e emissão de alertas epidemiológicos.

O risco silencioso do álcool industrial

O metanol não é o álcool comum (etanol) encontrado em cervejas e cachaças regulamentadas. Sua ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode provocar cegueira irreversível, falha renal e óbito. O uso desse componente em bebidas costuma estar atrelado à fabricação clandestina, onde o solvente é utilizado para baratear o custo de produção de destilados falsificados.

A Sesab emitiu um comunicado de urgência direcionado a todo o estado. O foco é a prevenção: o consumidor deve desconfiar de preços excessivamente baixos e observar com rigor a integridade de lacres, rótulos e selos de impostos federais (IPI).

Reflexo na capital e Região Metropolitana

Embora o foco atual esteja em Ribeira do Pombal, o alerta repercute com força em Salvador e Lauro de Freitas. Com a proximidade das celebrações de virada de ano e o intenso fluxo de turistas, a fiscalização em depósitos de bebidas e grandes eventos precisa ser redobrada. O mercado de destilados na Bahia é vasto, e a circulação de lotes contaminados entre cidades vizinhas é um risco logístico real. A recomendação para o soteropolitano é clara: adquira produtos apenas em redes varejistas consolidadas.

Análise Editorial: Fiscalização não pode ser sazonal

Como editor deste portal, reforço que a existência de metanol em prateleiras é uma falha grave na segurança pública. O fato de sete pessoas terem sido vitimadas simultaneamente indica que o produto circulava livremente antes da intervenção das autoridades. Não basta remediar o dano no hospital; é preciso que as delegacias especializadas identifiquem a usina de origem desses destilados. A saúde pública da Bahia não pode ficar à mercê de lucros obtidos através do envenenamento da população.

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