Um dos maiores investimentos em saneamento básico do estado está a caminho. A Embasa teve 42 projetos de água e esgoto aprovados no Novo PAC, num montante bilionário que promete acelerar a universalização dos serviços.
O futuro do saneamento básico na Bahia acaba de receber um empurrão de bilhões. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) conseguiu a aprovação de 42 projetos no Novo PAC 2025, selando uma previsão de financiamento federal de impressionantes R$ 7,3 bilhões.
A verba é destinada a um caminho sem atalhos: a universalização do abastecimento de água e do esgotamento sanitário nos 366 municípios atendidos pela estatal. É dinheiro para transformar realidade em regiões que ainda convivem com a escassez.
Onde a água vai chegar com mais força
A lista de projetos selecionados aponta para uma ação em várias frentes. No topo, está a ampliação do sistema de abastecimento da Grande Salvador, um desafio histórico. Mas o olhar também se volta para o interior.
Cidades como Irecê, Amargosa, Seabra e Itaberaba estão entre as que devem ver seus sistemas de água ganharem nova escala. O investimento também mira localidades do Litoral Norte e municípios como Miguel Calmon, Piritiba e Baixa Grande. A mensagem é clara: o recurso precisa chegar além das capitais.
A batalha contra os esgotos a céu aberto
Se a água é uma frente, a outra — tão crucial quanto — é o esgoto. O pacote do PAC prevê a ampliação e a implantação de sistemas de esgotamento sanitário em polos importantes.
Salvador, Feira de Santana e Lauro de Freitas estão na relação. O sul e o centro-sul do estado aparecem com Eunápolis e Ilhéus, enquanto Brumado representa o sudoeste. Pojuca, na Região Metropolitana, completa o mapa inicial dessa ofensiva contra os dejetos a céu aberto.
A promessa e o prazo que agora começam
O presidente da Embasa, Gildeone Almeida, não esconde a expectativa. Ele ressalta que a empresa já estava acelerando os investimentos, e que a confirmação do financiamento dá um gás extra ao plano. Mas o discurso oficial vem acompanhado de um calendário apertado.
“Agora, nosso próximo passo é iniciar as licitações previstas para o primeiro semestre de 2026, para começarmos as obras em todo estado”, pontua Almeida. É aí que mora o desafio — transformar o projeto em canteiro de obras, e o canteiro de obras em rede funcionando.
O anúncio foi feito em Brasília, com a presença do presidente Lula, do ministro das Cidades, Jader Filho, e do governador Jerônimo Rodrigues. A meta, ambiciosa, é beneficiar mais de 9 milhões de baianos.
São R$ 7,3 bilhões em papeis, planos e promessas. O que vai definir o sucesso dessa empreitada, porém, não é o valor anunciado, mas a pressa e a precisão com que ele se transformar em torneiras que não secam e rios que não recebem mais esgoto. A Bahia aguarda — e cobra.
