Operação Primus mira “laranjas” em fraude milionária de combustíveis

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Operação Primus mira “laranjas” em fraude milionária de combustíveis

P. Fonseca
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Passaportes apreendidosFoto: Divulgação/Ascom Irdeb

A força-tarefa baiana contra sonegação fiscal desvendou nova etapa de um esquema que usa pessoas interpostas para fraudar milhões em ICMS. Mandados foram cumpridos em Feira de Santana e Conceição do Jacuípe.

Operação Primus II – Fase Deuteros não veio para prender os grandes nomes — pelo menos não ainda. Nesta quarta-feira (17), a força-tarefa contra sonegação fiscal mirou a base da pirâmide: os chamados “testas de ferro”. A ação, com mandados em Feira de Santana e Conceição do Jacuípe, busca quatro pessoas suspeitas de emprestar seus nomes para esconder o controle real de 14 empresas de combustíveis. O prejuízo? Um valor inicial de R$ 4 milhões em ICMS sonegado.

Mas o problema é mais profundo do que o número sugere. Segundo o Ministério Público e a Receita estadual, a estratégia era constituir empresas com o único propósito de fraudar. A engrenagem funcionava com sócios e administradores fictícios, uma cortina de fumaça para que o verdadeiro dono ficasse invisível — e o pagamento do imposto, eternamente adiado. A intenção, frisam os investigadores, nunca foi regularizar a situação, mas sim sugar o erário enquanto fosse possível.

Da sonegação à lavagem: o ciclo do prejuízo

E o dinheiro desviado, para onde ia? A força-tarefa rastreia um esquema clássico de lavagem: a abertura de novas empresas em nome de “laranjas” para dar aparência legal a um fluxo de caixa criminoso. Para conter os danos, a Justiça já determinou o bloqueio de bens de cinco pessoas físicas e três jurídicas.

A contadora responsável pela escrituração de parte dessas empresas também virou alvo. Sua papelada, acreditam os promotores, pode ser a chave para desvendar toda a contabilidade criativa do grupo.

A “Primus” maior: um rombo que pode chegar a bilhões

Esta fase é apenas um capítulo. A primeira etapa da Operação Primus, deflagrada em outubro, já havia desarticulado uma organização criminosa com ramificações em vários estados. Naquela ocasião, o estrago financeiro era de outro patamar: mais de R$ 6,5 bilhões em bens bloqueados.

A pergunta que fica é: até onde vai o prejuízo? A força-tarefa admite que o ganho ilícito desta segunda fase, ainda incalculável, pode ser muito maior que os R$ 4 milhões já identificados. Enquanto isso, o combate segue — uma luta contra sombras e papeladas fraudulentas que roubam, todo dia, o futuro do estado.

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