Um homem foi detido em flagrante pela Deam de Feira de Santana após ameaçar a própria sobrinha de morte. A prisão, parte da Operação Escudo das Marias, ocorreu quando ele repetiu as ameaças na delegacia, prometendo matar a vítima a facadas.
A violência doméstica mostrou mais uma de suas faces cruéis em Feira de Santana. Desta vez, o alvo foi uma sobrinha que ousou defender a avó — uma idosa de 102 anos — dos maus-tratos supostamente aplicados pelo próprio filho. O confronto familiar, longe de ser o fim do problema, foi só o começo de uma escalada de terror.
Agressor é confrontado por maus-tratos à mãe idosa
Tudo começou quando familiares decidiram intervir para proteger a matriarca centenária. O suspeito, confrontado sobre os supostos abusos, não se arrependeu. Pelo contrário. A reação foi transformar a raiva em ameaças de morte direcionadas à sobrinha e a outros que se posicionaram contra ele.
O caso chegou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que não mediu esforços. A intimação para prestar esclarecimentos, no entanto, não amedrontou o agressor. Pelo contrário, serviu de palco para que ele reafirmasse sua intenção violenta.
Ameaças se intensificam e chegam à delegacia
Na presença de investigadores — testemunhas de sua fúria —, o homem não hesitou. Repetiu, friamente, as ameaças. Disse, com todas as letras, que mataria a sobrinha a facadas. O discurso de ódio, proferido dentro de uma delegacia, tornou o crime ainda mais grave e a prisão, inevitável.
Naquele momento, a autoridade policial precisou agir para proteger a vida da vítima. A ousadia do crime, cometido diante das autoridades, deixou claro o nível de risco que a família corria.
Operação Escudo das Marias efetua a prisão no Capuchinhos
A prisão em flagrante foi executada rapidamente pela Deam, com apoio do Grupo de Apoio Tático e Técnico à Investigação (GATTI/Sertão). O agressor foi localizado e capturado ainda na sexta-feira (28), no bairro Capuchinhos. A ação integrou a Operação Escudo das Marias, uma iniciativa que tenta frear a onda de violência contra as mulheres na região.
Agora, ele responde pelos crimes na unidade especializada. A pergunta que fica é: até quando as mulheres baianas precisarão viver sob a sombra do medo dentro da própria família? A prisão é um alívio imediato, mas a dor e o trauma, esses, ainda ecoam.
