Dois domingos de trabalho intenso nos 175 municípios baianos. A Polícia Militar conclui a Operação Enem, assegurando a custódia dos malotes e a tranquilidade em quase 2 mil locais de prova.
A rotina dos domingos 9 e 16 de novembro foi diferente para milhares de policiais militares. Enquanto milhões de baianos se concentravam nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio, a PMBA executava uma operação de precisão — a Operação Enem 2025. O objetivo era único: blindar o processo que define o futuro de tantos jovens.
Coordenada pelo Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), a ação foi um investimento maciço em logística e confiança. O coração da operação bateu forte no transporte e custódia dos malotes de prova, um segredo de estado que percorreu os 175 municípios baianos participantes. Sigilo e integridade absolutos, do ponto A ao ponto B, sem margem para erro.
Mas a missão ia além da escolta. A presença da farda foi estratégica em 1.992 locais de aplicação. A meta era clara: proporcionar silêncio, ordem e um ambiente adequado para que os estudantes pudessem, enfim, escrever seu futuro — sem interferências.
Para o coronel Sérgio Simões, comandante do COPPM, a operação transcende a segurança tradicional. “Essa operação reforça o compromisso da PMBA com a sociedade, atuando como agente fundamental para o funcionamento de um direito essencial: a educação”, destaca.
— A declaração é forte e acerta no ponto. A PM se reposiciona, mostrando que sua atuação é vital para o funcionamento de serviços essenciais, indo muito além do combate ao crime.
A questão que fica é: até que ponto a segurança pública é também uma questão de garantir direitos básicos? A Operação Enem sugere que sim. Massa, ver uma instituição tradicional atuando como fiadora do futuro da juventude baiana. Fica a imagem: a farda garantindo o direito ao lápis e à caneta.
