Obra que protege Salvador de alagamentos chega a 80%

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Obra que protege Salvador de alagamentos chega a 80%

P. Fonseca
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homens trabalhando em uma obras de esgotamento.Foto: Wuiga Rubini/GOVBA

A maior obra de macrodrenagem da Bahia, nos rios Jaguaribe e Mangabeira, está na reta final. Com meio bilhão em investimentos, a intervenção promete alívio para mais de 130 mil pessoas em bairros que sofriam historicamente com as enchentes.

O Tamanho do Desafio

Salvador avança, passo a passo, numa batalha silenciosa contra as chuvas. A intervenção nos rios Jaguaribe e Mangabeira — a maior obra de macrodrenagem já feita no estado — atingiu 80% de execução. São mais de dez quilômetros de canais sendo domados, com um investimento que beira o meio bilhão de reais. O objetivo é claro: dar segurança a áreas que, por décadas, viraram notícia toda vez que o céu escurecia.

Nesta segunda-feira (15), a dimensão humana do projeto ficou clara. O governador Jerônimo Rodrigues, o ministro Rui Costa e o presidente da Conder, José Trindade, percorreram os bairros beneficiados. De Patamares a Itapuã, passando pelo Bairro da Paz e Alto do Coqueirinho, mais de 130 mil pessoas sentem a mudança na pele. “Estamos falando do canal, mas também das ruas, do entorno de escolas”, lembrou Jerônimo, tentando traduzir o que meio bilhão em concreto e planejamento significa no dia a dia.

Vozes do Bairro da Paz

Enquanto as autoridades falavam de números e extensões, Vanessa Rocha, de 52 anos, resumiu tudo em uma palavra: benção. Moradora e coordenadora de um projeto social no Bairro da Paz, ela viu a transformação de perto. “Só das casas não alagarem mais, é um presente”, diz. O alívio é palpável. — A memória aqui é de perdas: móveis, documentos, a dignidade escorrendo junto com a água suja.

Vanessa vai além e aponta um benefício que escapa aos relatórios oficiais: a queda nos casos de dengue. A obra, que parece apenas uma questão de engenharia, virou uma política pública de saúde.

Mais do que Concreto

O projeto é uma resposta a um problema que nasceu com a cidade. José Trindade, da Conder, foi direto: “Em Salvador, onde muitos bairros nasceram de forma desordenada, às margens de cursos d’água, a falta de drenagem sempre foi sinônimo de alagamentos, perdas materiais e risco à vida”. A macrodrenagem tenta corrigir essa história.

No Jaguaribe, trechos já entregues mostram que a obra pode, sim, agregar valor. A orla de Patamares ganhou ciclovia, iluminação de LED e áreas de lazer. É a prova de que drenagem não precisa ser apenas funcional; pode ser integrada à vida da cidade.

O Prazo Prometido

E quando tudo isso estará pronto? A promessa é firme: primeiro semestre de 2026. É o prazo dado pela Conder para a entrega total. A população, claro, fica na expectativa. O histórico de obras públicas no Brasil ensina o ceticismo. Mas os 80% já realizados dão um fio de esperança real de que, desta vez, o cronograma pode se sustentar.

O Panorama Mais Ampla

A visita do ministro Rui Costa não foi por acaso. Esta obra é a vitrine local de um esforço federal maior — o Novo PAC. A Conder, hoje, comanda 29 projetos de macrodrenagem espalhados por Salvador e outras 16 cidades baianas, somando cerca de R$ 1 bilhão. Na capital, outras 10 intervenções devem beneficiar mais 750 mil moradores de bairros como Calçada e São Gonçalo do Retiro.

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