Michelle visita Bolsonaro na PF após prisão decretada por Moraes

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Michelle visita Bolsonaro na PF após prisão decretada por Moraes

P. Fonseca
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Michele Bolsonaro entrando no prédio da polícia federal© Reuters/Mateus Bonomi/Proibida reprodução

A cena foi televisionada: o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanha a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, até a saída da Superintendência da PF no DF. A visita, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, ocorre um dia após a decretação da prisão preventiva.

A tarde de domingo em Brasília foi de cenas raras. Diante das câmeras da CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi flagrado caminhando ao lado de Michelle Bolsonaro dentro da Superintendência da Polícia Federal, onde está preso. Ele a acompanhou até a saída do prédio — um gesto protocolar que ganhou contornos de simbolismo político. A permissão para o encontro partiu do próprio ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que havia decretado a prisão preventiva do ex-presidente menos de 24 horas antes.

Da Agenda no Nordeste à Porta da PF

Michelle Bolsonaro não estava em Brasília quando a notícia da prisão do marido chegou. Ela participava de um evento do PL no Ceará e precisou interromper a agenda às pressas, retornando à capital federal ainda no sábado. Em suas redes sociais, a ex-primeira-dama fez um apelo direto aos apoiadores: “Deus não perdeu o controle de nada”. E revelou o teor do pedido feito ao ex-presidente: “Pedi para ele não desistir da Laura. Pedi para ele não desistir de nós”.

A Acusação de Simbologia e o Confronto com o STF

Mas a mensagem de fé veio acompanhada de um ataque político. Michelle não poupou críticas a Alexandre de Moraes. A alegação foi de que o ministro “age com simbologia”. A data da prisão, 22, e o valor de uma multa aplicada ao PL, R$ 22,9 milhões, seriam uma referência direta ao número do partido — uma tentativa, na visão dela, de carimbar a ação judicial com um caráter político.

O Estopim da Prisão Preventiva

A decisão de Moraes, no entanto, foi fundamentada em ações concretas. Na véspera, Bolsonaro usou uma solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica. O alarme soou na administração penitenciária. Para o ministro, o episódio — somado a uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro nas proximidades da casa — criava um risco claro de fuga.

A defesa do ex-presidente construiu uma narrativa diferente. Alegou que uma interação de remédios teria causado “confusão e paranoia” em Bolsonaro, e que ele colaborou para a troca do equipamento, sem qualquer intenção de fugir. Dois lados de uma história que agora se desenrola atrás das grades.

O Fim da Linha e os 27 Anos de Pena

O cenário para Bolsonaro é de portas se fechando. Condenado a 27 anos e três meses de prisão pela trama golpista, ele e os demais réus têm agora a execução das penas no horizonte mais próximo. Na semana passada, a Primeira Turma do STF rejeitou os últimos recursos da defesa. O concreto do sistema prisional parece estar se fechando, de fato, em torno do ex-presidente.

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