Para turbinar as notas do IDEB, Lauro de Freitas entra em programa federal. Professores da rede municipal que se destacarem em 2026 receberão um crédito de R$ 3 mil para compra de equipamentos tecnológicos.
A educação municipal em Lauro de Freitas acaba de ganhar um novo incentivo — e ele tem cifra definida. A prefeitura formalizou a adesão ao Programa Mais Professores para o Brasil, uma iniciativa do Ministério da Educação que promete injetar R$ 3 mil diretamente no bolso de docentes cujas turmas apresentarem os melhores resultados no IDEB de 2026.
A lógica é clara: reconhecer com recursos quem elevar os índices da cidade. A adesão foi concluída nesta terça-feira (16) pela Secretaria Municipal de Educação, em mais uma jogada da gestão para aliar valorização profissional e desempenho escolar.
Mas a estratégia vai além do simples bônus. O crédito não virá em dinheiro vivo — ele será destinado exclusivamente para a compra de equipamentos como notebooks, tablets ou computadores. A ideia, segundo a prefeitura, é modernizar as ferramentas de trabalho dentro das salas de aula, criando um ciclo em que tecnologia e ensino se reforcem.
“A iniciativa reforça nosso compromisso com a inovação pedagógica”, disse a gestão, em nota oficial. No papel, a proposta parece acertada: equipar quem está na linha de frente do aprendizado. Só que o desafio educacional baiano raramente se resolve apenas com hardware.
A medida chega em um momento em que municípios de toda a Bahia tentam dar um tomar jeito nos índices de aprendizagem. O IDEB segue sendo o termômetro oficial, e Lauro de Freitas agora aposta em um estímulo financeiro direto para mudar sua temperatura.
Resta saber se, em meio a salas lotadas, infraestrutura deficitária e a complexa realidade social das periferias, um incentivo individual será suficiente para virar o jogo. O crédito é um começo — mas a nota final ainda depende de muito mais que isso.
