Em reunião estratégica no COI, Jerônimo Rodrigues se encontrou com presidentes de consórcios de todos os territórios baianos. O objetivo foi costurar uma parceria mais forte entre estado e municípios.
Destaque:
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A Estratégia nos Territórios
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Saúde, Estradas e Agricultura: A Força da União
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O Avanço Concreto na Agricultura Familiar
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O Desafio da Descentralização
A Estratégia nos Territórios
A política baiana moveu suas peças no Centro de Operações e Inteligência. O governador Jerônimo Rodrigues recebeu presidentes dos consórcios públicos dos 27 territórios de identidade — a reunião foi um termômetro da cooperação entre estado e municípios. A agenda ocorreu durante o evento que celebra os 20 anos da Lei dos Consórcios, um marco que tenta sair do papel para a transformação real.
O governador chamou o momento de “escuta e inovação”. Para ele, a atuação consorciada é o caminho para não deixar nenhuma região para trás. “O fortalecimento da atuação consorciada nos ajuda a levar desenvolvimento a todas as regiões da Bahia”, afirmou. Uma fala que ecoa bem diante dos secretários presentes, mas que será testada na prática pelos gestores locais.
Saúde, Estradas e Agricultura: A Força da União
O estado, que já é referência em consórcios de saúde, quer exportar o modelo. Meio ambiente, infraestrutura viária e agricultura familiar são as novas frentes. A ideia é simples: juntar forças para resolver problemas crônicos.
Sivaldo Rios, da FEC Bahia, vê o encontro como um sinal de confiança. “Um encontro como este reforça nossa confiança de que avançaremos de forma efetiva”, disse. Leandro Junquilho, prefeito de Itajuípe, foi mais direto: os consórcios são a ferramenta para agilizar a resposta ao cidadão — e para viabilizar convênios que sozinhos seriam impossíveis.
O Avanço Concreto na Agricultura Familiar
Enquanto se discute estratégia, um setor mostra que a união já dá frutos. Jeandro Ribeiro, da CAR, detalhou o salto. A inspeção sanitária, que antes atendia 43 municípios, hoje alcança 406. A ação via consórcios permite chegar a todos os 417 municípios — “algo inviável de forma isolada”.
Agora, a rede articula 29 consórcios para construir mercados, pontes e ampliar a oferta de alimentos saudáveis para as escolas. É a prova de que, quando o estado e os municípios falam a mesma língua, o resultado chega à mesa do baiano.
O Desafio da Descentralização
A reunião teve peso político. Estavam lá secretários de Infraestrutura, Meio Ambiente e Relações Institucionais, além de representantes de 28 consórcios. Mas a pergunta que fica é justamente a que o governador colocou na mesa: como garantir que esse desenvolvimento de fato chegue a todos os cantos com a mesma força?
— A articulação é o primeiro passo. O teste será medir, daqui a um ano, quantas pontes saíram do papel e quantos mercados municipais foram entregues. A Bahia está tentando costurar sua própria rede de desenvolvimento. O desafio é fazer cada nó segurar.
