O programa Gás do Povo inicia sua fase piloto na próxima segunda-feira (24), prometendo o botijão de cozinha de graça para famílias em vulnerabilidade. A meta do governo é ambiciosa: atingir 15 milhões de lares até março de 2026.
Da promessa ao fogão aceso
A partir de segunda-feira (24), a conta do gás de cozinha ficará mais leve para cerca de um milhão de famílias brasileiras — incluindo milhares de lares baianos. O programa Gás do Povo deixa o papel e chega às revendas credenciadas, substituindo o auxílio em dinheiro por um vale-recarga direto.
Salvador está entre as dez capitais que recebem a primeira leva do benefício. O governo federal aposta em um novo modelo para garantir que o recurso tenha um destino certo: o botijão de 13 kg. — A ideia é ampliar a rastreabilidade e cortar pela raiz possíveis desvios, afirma a gestão.
Como colocar a mão no botijão
O caminho até o gás gratuito foi redesenhado. O beneficiário não receberá dinheiro. Em vez disso, usará o cartão do Bolsa Família, um cartão de débito da Caixa ou um código de validação enviado ao celular via CPF para retirar a recarga nas revendas. A Caixa será a operadora central do programa, gerenciando os vales e o cadastro dos estabelecimentos.
A mudança é direta: sem intermediários, sem dinheiro vivo. O governo acredita que o método torna o benefício mais eficaz e seguro. Mas a pergunta que fica é: a rede credenciada estará preparada para atender a demanda sem transtornos para a população?
Quem tem direito ao Gás do Povo?
O benefício não é para todos. Ele é destinado a famílias selecionadas a portas fechadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Os critérios são claros: estar no CadÚnico, com renda per capita de até R$ 759 e o cadastro atualizado há, no mínimo, dois anos.
— O Gás do Povo combate a pobreza energética e garante um alívio real no orçamento — defendeu o ministro Alexandre Silveira. A promessa é nobre: garantir segurança alimentar e tirar da vulnerabilidade quem ainda depende da lenha para cozinhar.
Agora, o desafio é fazer o crédito chegar à ponta. Até março do ano que vem, a meta é distribuir o gás gratuito para 15 milhões de lares. Um projeto de fôlego que, se bem executado, pode de fato aquecer a panela de quem mais precisa.
