Um transformador da Neoenergia Coelba pifou e deixou no escuro o semáforo da movimentada Avenida Santos Dumont. Enquanto a concessionária não resolve o problema, a Prefeitura improvisa com sinalização manual e pede cautela extrema aos motoristas.
A cena é comum, mas nunca deixa de ser um caos. No início da manhã deste domingo (14), o coração do trânsito em Lauro de Freitas parou de bater. O semáforo da Avenida Santos Dumont, em frente ao movimentado Parque Shopping Bahia, simplesmente apagou.
A culpa, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB), veio de cima — ou melhor, da rede. Um transformador da Neoenergia Coelba apresentou defeito e cortou a energia do equipamento. O resultado foi imediato: uma das vias mais críticas da cidade ficou à mercê da sorte e da boa vontade dos condutores.
A SEMOB reagiu rápido. Assim que a falha foi identificada, uma equipe de manutenção foi despachada para o local. Lá, dois fronts foram abertos. O primeiro, prático: a implantação de sinalização provisória e o posicionamento de agentes para tentar organizar o fluxo de veículos e proteger os pedestres. O segundo, burocrático: o contato imediato com a Coelba para exigir o reparo urgente do equipamento que é de sua responsabilidade.
— Enquanto isso, a gestão municipal pede atenção redobrada aos motoristas que trafegam pela Avenida Santos Dumont — reforçou o comunicado oficial. Um pedido que soa quase como um desespero diante do óbvio. Domingo de shopping é sinônimo de tráfego intenso na região, e um semáforo desligado no meio desse cenário é uma receita para confusão e risco.
E agora, Coelba?
A Prefeitura afirma que segue acompanhando a situação e que seus agentes permanecem no local. Mas a verdade é que, sem a solução por parte da concessionária, a solução é paliativa. A sinalização manual e as bandeirinhas aliviam, mas não resolvem.
A pane expõe uma vulnerabilidade crônica: a dependência de serviços essenciais terceirizados. A população de Lauro fica refém de um problema em um equipamento privado, enquanto o poder público corre para minimizar os estragos. O transtorno de um domingo pode passar, mas a pergunta que fica é sobre a manutenção preventiva e a responsabilidade sobre o que mantém a cidade funcionando.
Enquanto o transformador não volta a funcionar, o trânsito na Santos Dumont segue no improviso. E o cidadão, no meio do cruzamento, esperando que a sorte — e a paciência dos outros motoristas — não acabem antes da energia voltar.
