Dois anos da Casa da Mulher em Salvador: mais de 26 mil vozes acolhidas

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Dois anos da Casa da Mulher em Salvador: mais de 26 mil vozes acolhidas

P. Fonseca
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Casa da Mulher BrasileiraFoto: Divulgação/Ascom SPM

Há dois anos, Salvador ganhava um porto seguro contra a violência doméstica. A Casa da Mulher Brasileira, no CAB, já atendeu milhares de mulheres e vê uma possível relação com a queda de 55% nos feminicídios na capital.

Quando as portas da Casa da Mulher Brasileira se abriram em Salvador, em dezembro de 2023, não era apenas mais um equipamento público inaugurado. Era a materialização de uma rede de proteção. Dois anos depois, o balanço é forte: mais de 26 mil atendimentos realizados, alcançando cerca de 13 mil mulheres vítimas de violência doméstica.

Os números falam, mas quem dá a medida real do impacto é Neusa Cadore, secretária de Políticas para as Mulheres do Estado. Ela traz um dado que faz a cidade respirar aliviada — e ao mesmo tempo permanecer alerta. Em 2024, os feminicídios caíram 55% na capital e região metropolitana. “Acreditamos que a Casa tem relação direta com isso”, afirma. “Aqui, a mulher sabe onde chegar e encontra um atendimento humanizado, integrado e seguro.”

A fala dela não é só comemoração. É estratégia. Junto ao Ministério das Mulheres, o estado trabalha para instalar mais três unidades na Bahia. Afinal, uma casa só não dá conta de todo o território.

Funcionando 24 horas por dia, todos os dias, na Avenida Tancredo Neves, ao lado do Hospital Sarah, a Casa reúne sob o mesmo teto o que antes era uma via-crúcis de repartições: Ministério Público, Defensoria, Delegacia da Mulher, Vara de Violência Doméstica e o Batalhão Maria da Penha. Tem abrigo temporário, brinquedoteca e suporte psicossocial. É a política pública deixando de ser discurso e virando porto.

Mas será que estrutura basta? A pergunta fica no ar. Para além dos atendimentos de urgência, a Casa tem se firmado como espaço de formação e articulação com a rede de enfrentamento na Bahia. É onde a proteção vira também prevenção.

Dois anos são um começo. O que os números mostram é que Salvador acertou ao concentrar forças. Agora, o desafio é fazer essa semente crescer — para que nenhuma mulher precise saber, na pele, o endereço de um lugar assim, mas todas saibam que ele existe.

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