Foi preciso suor, garra e um gol do símbolo da raça. O Vitória venceu o São Paulo por 1 a 0 no Barradão lotado e, com 45 pontos, assegurou a permanência na elite do futebol nacional.
Foi sofrimento, sim. Mas no fim, foi alívio. A frase do experiente Osvaldo ecoou por cada canto do Barradão lotado, resumindo uma tarde de domingo onde a tensão só foi embora com o apito final. A Nação Rubro-Negra acreditou, gritou e, finalmente, pôde comemorar. A vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, com gol do guerreiro Baralhas, selou a permanência do Vitória na Série A.
E a pergunta que pairou no ar quente de Salvador durante toda a partida foi justamente essa: quem quebraria o gelo? O Vitória partiu pra cima, criou, finalizou. Erick, Kayzer, Willian Oliveira. Sempre parados no caminho por um homem: Rafael. O goleiro são-paulino foi um pesadelo, fazendo defesas de tirar o fôlego e adiando o inevitável alívio rubro-negro.
A pressão era visível. Jair Ventura mexeu na equipe no intervalo, tirou Camutanga (que amarelou) e colocou o volante Dudu, abandonando os três zagueiros. Aitor deu lugar a Matheuzinho. A missão era uma só: buscar o gol que valia uma temporada inteira.
E ele veio. Aos 22 minutos da etapa final, uma jogada de clara determinação. Kayzer recebeu na área, tocou para Fabrício fazer o pivô. E lá veio ele, o símbolo da garra, invadindo a área como quem invade um campo de batalha. Baralhas aparou e mandou no canto — um gol que não foi apenas um gol. Foi um suspiro coletivo de 30 mil almas.
O time poderia ter ampliado — Dudu e Renzo López tiveram chances claras —, mas o que importava já estava no placar. E nos outros estádios. A combinação de resultados acabou confirmando o que a torcida já gritava desde o primeiro minuto: o Vitória seguirá na elite.
Com 45 pontos e na 15ª posição, o Leão não só garantiu a permanência como enterrou um tabu de sete anos sem vencer o São Paulo. Uma tarde para celebrar a raça de um time que, mesmo com percalços, nunca deixou de lutar.
Agora, a pergunta que fica é diferente. O alívio é imenso e merecido, mas o trabalho continua. A permanência conquistada no grito e na luta precisa ser o alicerce para um 2025 menos sofrido. O Barradão mostrou sua força. E o time, sua coragem. O resto é detalhe.
