A visita técnica do conselho estadual atestou mudanças positivas na estrutura de trânsito do município. O foco agora é um plano ousado para 2026: reduzir mortes no asfalto.
O cenário do trânsito em Lauro de Freitas passou por um raio-X estratégico. Em visita técnica nesta segunda-feira (22), a presidente do Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN), Mag Gramacho, foi recebida pela equipe da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB) e saiu com um diagnóstico: o município está mais estruturado e avançado do que em inspeções anteriores.
O secretário interino Dilmar Sacramento não perdeu tempo. Apresentou de cara a recente Lei de Política de Mobilidade Urbana aprovada na cidade — um marco regulatório que dá o tom para as ações futuras. Mas foi ao detalhar os projetos para 2026 que o tom ficou mais urgente. O plano tem um nome ambicioso: redução de mortes por sinistros de trânsito.
A estratégia repousa sobre dois pilares. De um lado, o fortalecimento da fiscalização com foco nos três grandes vilões: excesso de velocidade, embriaguez ao volante e uso do celular ao dirigir. Do outro, uma ampliação das campanhas de educação no asfalto. A meta não é local; mira as diretrizes internacionais de segurança viária estabelecidas pela ONU.
Para a subsecretária Verônica Lemos, o valor do encontro foi além da prestação de contas. “Este encontro possibilitou a troca de experiências e o recebimento de orientações que contribuem para a melhoria dos serviços”, afirmou, destacando o fortalecimento da parceria entre Estado e município. É essa sintonia, defende a gestora, que mantém a cidade alinhada com o Sistema Nacional de Trânsito.
Mag Gramacho, do CETRAN, confirmou a evolução. “As áreas essenciais — educação, engenharia e fiscalização — estão começando a ser coordenadas de forma efetiva”, observou. Ela citou melhorias perceptíveis na fluidez e organização do trânsito nas ruas da cidade. O conselho, que tem a função de integrar os municípios ao sistema nacional e verificar o cumprimento do CTB, saiu com uma impressão de trabalho em progresso.
A prefeitura reforça seu compromisso com a vida no trânsito. Mas a pergunta que fica, depois do café e das apresentações, é de fôlego: será que a máquina pública consegue manter o ritmo das promessas e transformar a teoria do organograma em prática que, de fato, freie as tragédias diárias no asfalto? A resposta, agora, é contada em números — e em vidas preservadas.
