Cavalaria da PM patrulha verão baiano para conter furtos e roubos

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Cavalaria da PM patrulha verão baiano para conter furtos e roubos

P. Fonseca
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Políciais cavalgando pela orla de SalvadorFoto: Matheus Landim /GOVBA

A imagem é tradicional, mas a estratégia é de ponta. Durante a Operação Verão, 70 cavalos da PM reforçam o policiamento na orla de Salvador, transformando a presença clássica em um trunfo tático contra a criminalidade.

Piatã ou Itapuã, a areia fofa desafia qualquer veículo. Mas não o passo firme dos cavalos da Polícia Militar. Eles são a peça mais visível — e talvez a mais astuta — da Operação Verão 2025/26 em Salvador. Setenta animais, treinados para aterrissarem seu peso tanto no asfalto quanto na praia, foram deslocados para pontos como Boca do Rio, Stella Mares e Barra. A missão é clara: prevenir. A visão elevada do policial montado funciona como um posto de observação móvel, prevendo confusões antes que elas aconteçam.

— A polícia é parceira da população — disse Adriana Maynart, 42 anos, enfermeira que aguardava uma aula de Fit Dance na orla. Ela resume o sentimento que a corporação quer passar: a ostensividade como calmante. — Vendo o patrulhamento, a cavalaria… eu me sinto mais segura. Isso é maravilhoso.

O comando da PM vai além da sensação. Eles têm números que justificam a operação especial, que se estende até abril e incrementa em 9.500 o efetivo em plantão em todo o estado. Um único policial a cavalo, nas contas do Major Vinícius Moreno, comandante da Cavalaria em Salvador, equivaleria a dez agentes atuando a pé. A afirmação é ousada, mas mostra a aposta tática. “A ostensividade com tropa montada zera ocorrências de furtos, roubos, aqueles delitos que incomodam o cidadão comum”, garantiu o major.

Mas a cavalaria não está sozinha. O segredo, segundo Moreno, está na orquestração. Rádios conectam os montados aos policiais em bikes, motos e viaturas. As ordens partem de um comando central que monitora tudo por câmeras e drones, tentando evitar que todos os recursos corram para um único incidente e deixem outras áreas descobertas. É um jogo de xadrez em escala urbana, com peças que vão do cavalo ao drone.

A estratégia se repete no interior, em polos turísticos como Ilhéus, Itacaré e Porto Seguro. Para a turista Denise França, de Brasília, a presença basta. “Só de ter a cavalaria aqui já deixa a gente mais tranquilo”, compartilhou, com o celular na mão — justamente o alvo mais cobiçado pelos ladrões de ocasião.

A pergunta que fica, no entanto, é para depois de abril. Será que a tranquilidade provida pelos cavalos é um paliativo sazonal ou consegue deixar um legado de segurança mais duradouro? Por enquanto, o trote dos animais na orla é o som do verão baiano tentando ser mais pacífico.

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