O Campo Grande será o palco da maioridade da Caminhada Nacional do Samba neste domingo (30). Com blocos tradicionais e ritmo que vai do samba de roda ao pagode, o evento gratuito promete arrastar até 800 mil foliões em um pré-carnaval com sotaque baiano.
A cidade já sente o cheiro do breu e o eco dos tambores. Neste domingo (30), o Campo Grande recebe a 18ª Caminhada Nacional do Samba — um evento que, ao atingir a maioridade, consolida-se como uma das mais autênticas celebrações da cultura popular baiana.
De graça e aberto a todos, o cortejo reúne heavyweights do Carnaval de Salvador, como Alerta Geral, Reduto do Samba e Alvorada, em um trajeto que começa no Teatro Castro Alves, segue pelo circuito Osmar e avança pela Carlos Gomes, antes de retornar à Praça Castro Alves.
— A iniciativa busca fomentar o samba na Bahia, valorizar o movimento e buscar apoios para que o ritmo continue vivo — explica Jill Evans, assessor da Unesamba, entidade responsável pela organização.
E não se trata apenas de festa: o samba movimenta economia, gera renda, sustenta gráficas, artistas e blocos. É raiz e resistência.
E tem samba para todos os gostos
O cardápio sonoro é vasto: samba de roda, samba-rock, samba-enredo, partido-alto e pagode estão na programação. Na avenida, uma sucessão de atrações:
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Alvorada, com Ala de Canto e Aline Souza
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Alerta Geral, apresentando Swing do Fora e convidados
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Pagode Total com Cia do Pagode
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Reduto do Samba com Escandurras
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Vem Sambar com Dan Mocidade
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Amor e Paixão com Eduardinho
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Samba Popular, reunindo Morango, Samba Top e outros
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Q’Felicidade, com JAMBAHIA
A concentração começa às 13h, em frente ao TCA. E se engana quem pensa que é só nostalgia: a Caminhada do Samba também é janela para o futuro — um convite para novas gerações descobrirem o ritmo que embala a identidade negra e popular da Bahia.
A celebração integra o projeto Rota do Samba e homenageia o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, fechando com chave de ouro o Novembro Negro.
