Baile da Melhor Idade celebra a vida e a história dos idosos de Lauro

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Baile da Melhor Idade celebra a vida e a história dos idosos de Lauro

P. Fonseca
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Idosos dançandoFoto: Tiago Pacheco

A música dos anos 60 invadiu a noite e levou de volta ao salão as lembranças de uma juventude inteira. Em Lauro de Freitas, um baile dedicado à terceira idade transformou a semana de dezenas de idosos em pura festa.

A Associação dos Funcionários Públicos da Bahia, na Avenida Santos Dumont, se transformou na última quarta-feira (10). O espaço, geralmente formal, cedeu lugar a um verdadeiro salão de baile da terceira idade. O ritmo era outro, o astral também. E a proposta da Prefeitura, por meio da SEMDESC, era clara: oferecer mais que um evento social; era oferecer acolhimento e um pedaço reinscrito da própria história para quem já construiu tanto.

Às 17h, começou a recepção. E não foi um simples “boa noite”. Foi um abraço coletivo, disfarçado de música, de apresentações culturais e, claro, de muita dança. A secretária de Desenvolvimento Social, Diana de Souza, circulava entre os convidados. Agradeceu a presença de todos, falou em “evento feito com amor” e destacou o óbvio que muitas gestões esquecem: a urgência de políticas que promovam o bem-estar e a autoestima dos mais velhos.

Representando a prefeita Débora Regis, o vice-prefeito Mateus Reis reforçou o coro. Disse que a festa era uma homenagem — um reconhecimento pela contribuição dos idosos para a história da cidade. É um discurso necessário, sempre é. Mas a verdadeira homenagem, talvez, estava nos detalhes: na organização, no cuidado, na escolha do repertório que fez os pés coçarem antes mesmo de o primeiro casal se levantar.

E a noite tinha sua própria competição. O concurso do “Idoso Mais Animado da Festa” acrescentou uma pitada a mais de diversão e brilho nos olhos. Entre os muitos candidatos, duas vozes resumiram o sentimento do salão.

Dona Nivalda Santos, 68 anos, não disfarçava a felicidade. “Que noite linda”, disse, com a simplicidade de quem sabe que momentos assim são raros e, por isso, devem ser guardados. Já dona Helenildes Espírito Santo foi além da declaração — vestiu a festa no corpo. De vermelho e com adereços coloridos, ela tinha um plano claro: “Vim para dançar as músicas dos anos 60 e reviver a minha juventude”. E dançou. E reviveu.

Por trás da festa, há um mecanismo menos festivo, porém fundamental. A ação é parte do calendário do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), da SEMDESC. O nome é técnico, mas a missão é humana: fortalecer laços, combater a solidão e isolar a pessoa idosa do abandono. É a política que tenta se fazer presente, não só no discurso, mas no chão de dança.

No fim, quando as luzes se acenderam e a última música ecoou, ficou claro que aquela não era apenas uma quarta-feira qualquer. Era uma declaração. Uma afirmação de que a vida, em qualquer idade, merece seu baile.

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