Pode parecer conversa de Natal, mas é dado puro: enquanto você planeja a ceia ou busca aquele presente, o mesmo produto pode custar quase metade do preço apenas alguns bairros adiante. O aplicativo Preço da Hora Bahia, do Governo do Estado, virou uma arma silenciosa na mão do consumidor esperto.
A lógica é simples e brilhante: o app cruza milhões de notas fiscais eletrônicas emitidas em todo o estado. Em tempo quase real, ele mostra onde determinado item foi vendido e por quanto. Gratuito e já baixado mais de um milhão de vezes, a ferramenta gera mais de um milhão de consultas por mês — um sinal claro de que o baiano adotou a tecnologia para se defender na hora do aperto.
Mas os números é que contam a história real. Uma busca rápida por um panetone de marca conhecida revela uma diferença de 42,6% entre estabelecimentos de Salvador. Um chester da mesma marca variou 29,65%. E atenção para os presentes: um celular de mesmo modelo chegou a apresentar uma variação de 45,34% no preço. Até uma simples bola de futebol teve diferença de 7,41%.
— E o melhor: não é só preço.
A funcionalidade “Melhor Hora” analisa o volume de notas fiscais emitidas entre 7h e 21h. O resultado? Você evita os horários de maior aglomeração nas lojas. Para quem já enfrentou o caos do Centro ou de um shopping em dezembro, isso é mais que utilidade — é uma dádiva.
Quem se cadastra no app ganha superpoderes. A função Alerta de Preços permite que você defina um valor desejado para um produto e seja notificado automaticamente quando ele aparecer igual ou mais barato em algum comércio da região. Encontrou uma oferta boa? Pode compartilhar direto nas redes sociais e avisar a turma.
Mas um aviso necessário, da própria Sefaz-BA: desconfie de preços milagrosos. Se a oferta estiver muito abaixo da média, vale uma ligação para o estabelecimento para confirmar se a promoção ainda vale — alguns descontos podem ser para clientes específicos ou ter estoques limitados.
No fim, a tecnologia oferece a ferramenta. A esperteza de quem a usa faz o resto. Neste Natal, a economia pode começar com um toque na tela do celular — e terminar com mais dinheiro no bolso para aproveitar o que realmente importa: a festa.
